Na área de saúde alguns conceitos são importantes para a obtenção de resultados satisfatórios ou mesmo para o conhecimento do paciente.
DOSES E MEDIDAS APROXIMADAS
Na falta de dispositivos de medidas apropriadas (dosadores, colheres-medida etc), para a dispensação de medicamentos podem ser utilizadas medidas aproximadas. São, geralmente, unidades de medidas de uso doméstico para informar ao paciente a medida da dose. Tais medidas têm a seguinte indicação de capacidade:
Colher de chá ................5 ml Colher de sobremesa....10 ml Colher de sopa.............15 ml As doses menores que 5 ml costumam ser indicadas em frações da colher de chá ou em gotas.
Droga
É toda substância de origem animal, vegetal ou mineral de onde é extraído o princípio ativo que possui ação farmacológica. Fármaco/princípio ativo. Substância quimicamente caracterizada, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável total ou parcialmente pelos efeitos terapêuticos do medicamento.
Medicamento
Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, que contém um ou mais fármacos juntamente com outras substâncias, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
DROGA VEGETAL
Planta medicinal ou suas partes, após processos de coleta, estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada.
FITOTERÁPICO
Medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais É caracterizado pelo conhecimento da espécie vegetal, de sua eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade Sua eficácia e segurança são validadas através de levantamento etnofarmacológicos de utilização, documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3 Não se considera medicamento fitoterápico aquele que, na sua composição, inclua substâncias ativas isoladas, de qualquer origem,nem as associações destas com extratos vegetais.
CÁPSULAS
São formas farmacêuticas sólidas, destinadas à administração oral. Possuem tamanhos e capacidades variáveis e, usualmente, contém dose única do princípio ativo O invólucro pode ser constituído de amido ou de gelatina. As cápsulas devem atender às exigências de variação de peso, tempo de desintegração, uniformidade de conteúdo e teor de princípios ativos descritos na monografia.
COMPRIMIDOS
São formas farmacêuticas sólidas obtidas por compressão, contendo dose única com um ou mais princípios ativos. Esta forma farmacêutica deve atender às exigências de desintegração, dissolução, dureza, friabilidade e uniformidade de conteúdo descritas nos métodos gerais e previstas nas monografias específicas.
EMULSÕES
São preparações farmacêuticas obtidas pela dispersão de duas fases líquidas imiscíveis ou, praticamente imiscíveis De acordo com a hidrofilia ou lipofilia da fase dispersante classificam-se os sistemas em óleo em água (O/A) ou água em óleo (A/O). Quando são para uso injetável, devem atender às exigências de esterilidade e pirogênios.
EXTRATOS
Extratos são preparações de consistência líquida, sólida ou intermediária, obtidas a partir do material vegetal ou animal. O material utilizado na preparação de extratos pode sofrer tratamento preliminar, tal como inativação de enzimas, moagem ou desengorduramento. Os extratos são preparados por percolação, maceração ou outro método adequado e validado, utilizando como solvente álcool etílico, água ou outro solvente adequado. Após a extração, materiais indesejáveis podem ser eliminados.
LOÇÕES
São preparações líquidas aquosas ou hidroalcoólicas, com viscosidade variável, para aplicação na pele, incluindo o couro cabeludo. Podem ser soluções, emulsões ou suspensões contendo um ou mais princípios ativos ou adjuvantes.
ÓVULOS
São preparações farmacêuticas sólidas, com formato adequado, para aplicação vaginal. Devem dispersar ou fundir à temperatura do organismo. Estas preparações devem atender o teste de desintegração.
PREPARAÇÕES TÓPICAS SEMI-SÓLIDAS
Preparações tópicas semi-sólidas são aquelas destinadas para aplicação na pele ou mucosas para ação local, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora. As preparações destinadas ao uso oftálmico, ao tratamento de feridas ou à aplicação sobre lesões extensas da pele devem satisfazer às exigências do teste de esterilidade.
Pomadas são preparações para aplicação tópica, constituídas de base monofásica na qual podem estar dispersas substâncias sólidas ou líquidas.
CREMES
São preparações semi-sólidas, obtidas através de bases emulsivas do tipo A/O ou O/A, contendo um ou mais princípios ativos ou aditivos dissolvidos ou dispersos na base adequada.
GÉIS
Géis são sistemas semi-sólidos que consistem de suspensões de pequenas partículas inorgânicas, ou de grandes moléculas orgânicas interpenetradas por um líquido.
PASTAS
São formas farmacêuticas semi-sólidas que contêm uma elevada concentração de pós finamente dispersos, variando normalmente este conteúdo de 20% até 60%, sendo mais firmes e espessas que as pomadas, mas sendo, geralmente, menos gordurosas que elas. Se destinam à aplicação externa e apresentam, geralmente, comportamento reológico dilatante.
SUPOSITÓRIOS
São preparações farmacêuticas sólidas, de dose única que podem conter um ou mais princípios ativos. Devem fundir à temperatura do organismo ou dispersar em meio aquoso. O formato e a consistência dos supositórios devem ser adequados para a administração retal. Os supositórios devem atender às exigências contidas nas monografias especificadas, bem como ao teste de desintegração.
SUSPENSÕES
São preparações farmacêuticas obtidas pela dispersão de uma fase sólida insolúvel ou praticamente insolúvel em uma fase líquida. Quando se destinam a uso injetável, as suspensões devem satisfazer às exigências de esterilidade e não apresentar partículas maiores que 100m.
TINTURAS
Tinturas são preparações líquidas obtidas, normalmente, de substâncias de origem vegetal ou animal. As tinturas são usualmente obtidas utilizando uma parte da droga e 10 partes do solvente de extração ou uma parte da droga e cinco partes do solvente de extração. As tinturas são normalmente límpidas. Um pequeno sedimento pode se formar por deposição e é aceitável desde que não haja modificação da composição. São baseadas na ação solubilizante do álcool etílico ou da glicerina sobre o pó seco da droga (planta), ao qual se pode agregar água em quantidade necessária para diminuir a concentração alcoólica. A graduação alcoólica da tintura varia de acordo com a solubilidade dos princípios ativos extraídos normalmente entre 30 ºGL e 90 ºGL. Atualmente a glicerina, o propilenoglicol e o polietilenoglicol também têm sido empregados em misturas com água substituindo o álcool etílico.
XAROPES
São preparações aquosas caracterizadas pela alta viscosidade, que apresentam não menos que 45% (p/p) de sacarose ou outros açúcares na sua composição. Os xaropes geralmente contêm agentes flavorizantes. Quando não se destinam ao consumo imediato, devem ser adicionados de conservadores antimicrobianos autorizados.
MATÉRIA-PRIMA
É toda a substância ativa, droga ou insumo farmacêutico empregado na produção dos medicamentos. As matérias-primas utilizadas nas formulações descritas nesse formulário devem ser de grau farmacêutico.
A RDC 67 e RDC 87 falam sobre as boas práticas de manipulação de preparações magistrais e oficinais, manuseio, manipulação, dispensação de medicamentos; paqra que o paciente consiga obter um medicamento seguro e confiável. A responsabilidade do cumprimento é do farmacêutico e da gerência superior. A legislação abrange: vestimentas, toucas, uso de luvas, salas de paramentação, práticas de operação padrão, espaço físico,, condições de temperatura e ambiente, dentre outros. Quanto aos maquinários é ressaltada a importância dos equipamentos serem rastreáveis, estéreis. Quanto ao uso de termômetros (para manutenção da temperatura adequada), purificadores de água, material dos armários de estoque e lixeiras. A importância? Um medicamento seguro e de boa qualidade. E com um padrão estabelicido (e devidamente cumprido), nós farmacêuticos, poderemos garantir a qualidade de nossos medicamentos a todos aqueles que necessitam dele. Veja mais...
Os primeiros boticários terão surgido em Portugal provavelmente ainda no século XIII. É natural, contudo, que anteriormente já existissem outros profissionais especializados na preparação ou comércio de medicamentos. A longa presença árabe na península não terá deixado de ter consequências no que respeita à especialização nas profissões ligadas à saúde, mas não conhecemos vestígios da farmácia árabe no território hoje ocupado por Portugal, salvo algumas breves passagens sobre medicamentos na literatura da época. O comércio de especiarias é atestado por vários documentos desde o século XII. Os boticários surgiram depois dos especieiros e coexistiram com estes ainda durante algum tempo. O primeiro diploma respeitante à profissão farmacêutica que se conhece em Portugal data de 1338 e determinou a obrigatoriedade de serem examinados pelos médicos do rei todos os que exerciam os ofícios de médico, cirurgião e boticário na cidade de Lisboa. Em meados do século seguinte foi promovida a vinda de Mestre Ananias e de outros boticários de Ceuta, da qual resultou a famosa carta de 1449 que atribui vários privilégios e isenções aos boticários.
No início das Ciências da Saúde, houve época que, na pessoa do sacerdote estavam embutidos o médico, o farmacêutico e o psicólogo, entre outros. Em 1240, a farmácia foi separada oficialmente da medicina por um edital de Frederico II, imperador da Prússia, que estabeleceu na mesma época um código de ética profissional. Bem recente, há algumas décadas, ainda existiam farmácias com seus profissionais farmacêuticos habilitados, que formavam um vínculo de confiança na relação médico-farmacêutico-paciente, com o advento da indústria, seguiu-se uma tática de separação entre estes dois profissionais, fazendo com que hoje se sintam distantes entre si e até mesmo se desconheçam profissionalmente.
A farmácia hoje tem por objetivo a promoção da saúde através da personalização da relação de confiança entre médico-farmacêutico-paciente.
EVOLUÇÃO DA FARMÁCIA
A evolução da farmácia, como atividade diferenciada, aconteceu em Alexandria em conseqüência de um período marcado por guerras, doenças, traições e envenenamentos.
Neste período, por causa das guerras e epidemias, a farmacologia teve um grande impulso, principalmente para o tratamento de soldados que se acidentavam nas guerras e o cuidado com pessoas que tentavam o envenenamento.
Os farmacopistas, no início do século II, incrementaram as diversas fórmulas existentes para melhor atender às necessidades da época. Em Bagdá, os árabes fundaram a primeira escola de f armada e a partir desta escola muitas outras foram surgindo. Para melhor eficiência no atendimento, foi criada neste período uma legislação especial para o exercício da profissão.
Já nos fins do século X surgiu nos conventos da França e Espanha o apotecário, que desempenhava o papel de médico e farmacêutico. Este "profissional" tinha que conhecer os males e suas curas. Era exigido também que pertencesse a uma família honrada, com boa situação econômica, conhecesse o latim, tivesse boa redução e apresentasse certidão de cristianismo e moralidade. Tinha ainda que cultivar as plantas que eram utilizadas na preparação dos medicamentos e trabalhar à vista das pessoas.
Surgiram depois as apotecas ou boticas, estabelecimentos organizados com uma série de exigências para o bom funcionamento. Elas possuíam porões, celeiros, despensas, armários, prateleiras, aparadores, arcas, mesas e cadeiras. No teto era comum pendurar animais empalhados, principalmente o crocodilo.
O material do apotecário era conservado em caixas de madeira. Os medicamentos destinados ao tratamento de doenças do estômago eram guardados em caixas de couro e os potes de estanho conservavam gorduras e pomadas. Recipientes de f erro e chumbo eram utilizados para óleos medicinais. Os vinhos e vinagres eram guardados em vasos de cerâmica.
Tempos depois estes recipientes foram substituídos por potes de majólica e mais tarde pela porcelana. Neste período começaram a surgir nas farmácias frascos, garrafas, alambiques, funis, frascos de medidas, serpentinas, retortas, filtros, peneiras, prensas para extrair o sumo das plantas, tesouras, espátulas, colheres e piluladores. Do material de trabalho faziam parte: seringas, garrafas de couro e cânulas. Essas apotecas ou boticas foram as precursoras de nossas farmácias.
1. Assistência ambulatorial: Conjunto de procedimentos médicos e terapêuticos de baixa complexidade, possíveis de realização em ambulatórios e postos de saúde.
2. Assistência farmacêutica: Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia Terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos.
3. Automedicação: Uso de medicamento sem a prescrição, orientação e ou o acompanhamento do médico, dentista ou farmacêutico.
4. Biodisponibilidade: Medida da Quantidade de medicamento, contida em uma fórmula farmacêutica, que chega à circulação sistêmica e da velocidade na qual ocorre esse processo. A biodisponibilidade se expressa em relação à administração intravenosa do princípio ativo (biodisponibilidade absoluta) ou a administração, por via oral, de um produto de referência (biodisponibilidade relativa ou comparativa). A biodisponibilidade de um medicamento não deve ser confundida com a fração biodisponível, a menos que se refira à biodisponibilidade absoluta.
5. Bioeqüivalência: Condição que se dá entre dois produtos farmacêuticos que são equivalentes farmacêuticos e que mostram uma mesma ou similar biodisponibilidade segundo uma série de critérios. Para tanto, dois produtos farmacêuticos devem considerar-se como equivalentes terapêuticos. 6. Centrais farmacêuticas: Almoxarifados centrais de medicamentos, geralmente na esfera estadual, onde é feita a estocagem e distribuição para hospitais, ambulatórios e postos de saúde.
7. Dispensação: É o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta a apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Neste ato o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento. São elementos importantes da orientação, entre outros, a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos.
8. Doenças crônico-degenerativas: Doenças que apresentam evolução de longa duração, acompanhada de alterações degenerativas em tecidos do corpo humano.
9. Doenças prevalentes: Doenças com maior número de casos existentes em função da população de uma região geográfica determinada.
10. Eficácia do medicamento: A capacidade de o medicamento atingir o efeito terapêutico visado.
11. Eqüivalência in vitro: Condições em que dois ou mais medicamentos, ou fármacos, exercem o mesmo efeito farmacológico, quantitativamente, em cultivos de células.
12. Ensaios clínicos: Qualquer pesquisa que, individual ou coletivamente, envolva o ser humano, de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo o manejo de informações ou materiais. 13. Estudos de Utilização de Medicamentos (EUM): São aqueles relacionados com a comercialização, distribuição, prescrição e uso de medicamentos em uma sociedade, com ênfase sobre as conseqüências médicas, sociais e econômicas resultantes; complementarmente, tem-se os estudos de farmacovigilância e os ensaios clínicos.
14. Expectativa de vida: ao nascerÉ o tempo que seria esperado para um recém-nascido poder viver, em média.
15. Farmácias magistrais: Farmácias autorizadas a manipular medicamento, inclusive o que contém psicotrópicos ou entorpecentes, cuja atividade requer autorização especial de funcionamento expedido pelo órgão competente do Ministério da Saúde.
16. Farmacopéia Brasileira: Conjunto de normas e monografias de farmoquímicos, estabelecido por e para um país.
17. Fármacos: Substância química que é o princípio ativo do medicamento.
18. Farmacoepidemiologia: Aplicação do método e raciocínio epidemiológico no estudo dos efeitos - benéficos e adversos - e do uso de medicamentos em populações humanas. 19. Farmacoterapia: A aplicação dos medicamentos na prevenção ou tratamento de doenças.
20. Farmacovigilância: Identificação e avaliação dos efeitos, agudos ou crônicos, do risco do uso dos tratamentos farmacológicos no conjunto da população ou em grupos de pacientes expostos a tratamentos específicos.
21. Farmoquímicos: Todas as substâncias ativas ou inativas que são empregadas na fabricação de produtos farmacêuticos.
22. Forma de comercialização: Forma na qual o medicamento é vendido: supositório, comprimido, cápsulas.
23. Formulação farmacêutica: Relação quantitativa dos farmoquímicos que compõem um medicamento.
24. Formulário Terapêutico Nacional: Documento que reúne os medicamentos disponíveis em um país e que apresenta informações farmacológicas destinadas a promover o uso efetivo, Seguro e econômico destes produtos.
25. Guias terapêuticos padronizados: Coleções de roteiros terapêuticos preconizados para doenças diversas. 26. Hemoderivados: Medicamentos produzidos a partir do sangue humano ou de suas frações.
27. Indicadores demográficos: Representação dos aspectos não sujeitos à observação direta relativa a dados populacionais.
28. Insumos farmacêuticos: Qualquer produto químico, ou material (por exemplo: embalagem) utilizado no processo de fabricação de um medicamento, seja na sua formulação, envase ou acondicionamento.
29. Lei antitruste: Regra de direito destinada a evitar que várias empresas se associem e, assim, passem a constituir uma única, acarretando o monopólio de produtos e ou de mercado.
30. Medicamento: Produto farmacêutico com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico.
31. Medicamentos de dispensação em caráter excepcional: Medicamentos utilizados em doenças raras, geralmente de custo elevado, cuja dispensação atende a casos específicos.
32. Medicamentos de uso contínuo: São aqueles empregados no tratamento de doenças crônicas e ou degenerativas, utilizados continuamente.
33. Medicamentos essenciais: São os medicamentos considerados básicos e indispensáveis para atender a maioria dos problemas de saúde da população.
34. Medicamentos genéricos: São aqueles que, ao expirar a patente de marca de um produto, são comercializados sem nome de marca, de acordo com a denominação oficial (no Brasil, Denominações Comuns Brasileiras ou DCB). 35. Medicamentos de interesse em saúde pública: São aqueles utilizados no controle de doenças que, em determinada comunidade, têm magnitude, transcendência ou vulnerabilidade relevante e cuja estratégia básica de combate é o tratamento dos doentes.
36. Medicamentos para a atenção básica: Produtos necessários à prestação do elenco de ações e procedimentos compreendidos na atenção básica de saúde.
37. Medicamentos tarjados: São os medicamentos cujo uso requer a prescrição do médico ou dentista e que apresentam, em sua embalagem, tarja (vermelha ou preta) indicativa desta necessidade.
38. Medicamentos de venda livre:São aqueles cuja dispensação não requerem autorização, ou seja, receita expedida por profissional. 39. Módulo-padrão de suprimento:Elenco de medicamentos repassado por um nível de gestão a outro para abastecer os serviços de saúde compreendidos no sistema estadual ou municipal.
40. Morbimortalidade: Impacto das doenças e dos óbitos que incidem em uma população.
41. Perfil epidemiológico: Estado de saúde de uma determinada comunidade.
42. Perfil nosológico: Conjunto de doenças prevalentes e ou incidentes em uma determinada comunidade.
43. Piso da Atenção Básica (PAB): Montante de recursos financeiros, da esfera federal, destinado ao custeio de procedimentos e ações compreendidos na atenção básica.
44. Prescrição: Ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com a respectiva dosagem e duração do tratamento. Em geral, esse ato é expresso mediante a elaboração de uma receita médica.
45. Prescritores: Profissionais de saúde credenciados para definir o medicamento a ser usado (médico ou dentista).
46. Produtos psicotrópicos: Substâncias que afetam os processos mentais e podem produzir dependência.
47. Propaganda de produtos farmacêuticos: É a divulgação do medicamento promovida pela indústria, com ênfase na marca, e realizada junto aos prescritores, comércio farmacêutico e população leiga.
48. Protocolos de intervenção terapêutica: Roteiros de indicação e prescrição, graduados de acordo com as variações e a gravidade de cada afecção.
49. Registro de medicamentos: Ato privativo do órgão competente do Ministério da Saúde destinado a conceder o direito de fabricação do produto.
50. Uso racional de medicamentos: É o processo que compreende a prescrição apropriada; a disponibilidade oportuna e a preços acessíveis; a dispensação em condições adequadas; e o consumo nas doses indicadas, nos intervalos definidos e no período de tempo indicado de medicamentos.
*Alguns Farmacêuticos Famosos:Grandes sábios e importantes cientistas que muito contribuíram para a saúde da humanidade eram farmacêuticos. Farmacêutico francês, Ernest Furneau criou a moderna quimioterapia, e que outro francês, Claude Nativelle, contribuiu decisivamente para o tratamento de doenças do coração. O farmacêutico alemão Andreas Sigismund Margraf (1709-1782), entre muitas outras contribuições, introduziu o álcool como solvente para extração de matéria-prima e empregou o microscópio para exames de cristais de açúcar e outras partículas. A borracha sintética foi descoberta pelo farmacêutico alemão Fritz Hoffmann. O farmacêutico Luiz Manuel Queiroz instalou no Brasil a primeira fábrica de ácido sulfúrico do país. O cientista-farmacêutico Célio Silva, descobriu uma vacina de DNA contra tuberculose que também é um remédio para esta doença. O farmacêutico John Pemberton em 1886 em Atlanta criou o "Tônico para o Cérebro" hoje conhecido como Coca Cola. Um grande número de farmacêuticos participam do importante "Projeto Genoma Humano" para decifrar o conjunto de genes do ser humano (menor partícula viva). E que eles vão obter informações essenciais para diagnóstico, tratamento e, finalmente, cura de um grande número de doenças e a fabricação de remédios mais eficientes e a menores custos. O farmacêutico Alexander Flemming, (1881-1955) descobriu a penicilina. Foi através da observação do fungo Penicillium notatum que crescia como contaminante em culturas de estafilococos que ele estudava. O crescimento do contaminante liberava a penicilina, antibiótico que impedia o desenvolvimento destas bactérias nas proximidades da colônia do fungo. Esta observação trouxe grandes benefícios para o desenvolvimento da industria farmacêutica. Embora não tenha exercido sua profissão por muito tempo, nosso grande poeta e escritor Carlos Drumond de Andrade também era um farmacêutico. Farmacêutica Maria da Penha se tornou símbolo do combate à violência doméstica no Brasil. Tem uma lei com seu nome.
Juramento Farmacêutico Atual:"Prometo, em minhas funções de farmacêutico, orientar sempre, sem nunca me impor, auxiliar no que for possível, não pensando em gratificações e agradecimentos.
Juro não oferecer drogas que, conscientemente, saiba eu serem nocivas à saúde.
Evitarei qualquer ato de maldade ou que favoreça o crime e a corrupção.
Prometo ainda ser um amigo leal, que mereça a confiança das pessoas em seus momentos mais difíceis
E espero a graça divina do amparo para que eu saiba cumprir com dignidade a minha profissão."
Dia do Farmacêutico - 20 de janeiroDiversas entidades farmacêuticas paulistanas se reuniram em São Paulo (SP) em 1985 e escolheram o dia 5 de agosto, data de nascimento de Rodolpho Albino Dias da Silva, o criador da 1ª farmacopéia brasileira, para homenagear a categoria, outros sugeriram que a data coincidisse com a da fundação da primeira Faculdade de Farmácia do Brasil, entre outras datas. Em 1988, solicitou-se ao Conselho Federal de Farmácia (CFF) que as festividades fossem transferidas para o dia da fundação da Associação Brasileira de Farmacêuticos, que ocorreu no dia 20 de janeiro de 1916. Farmacêuticos renomados de várias partes do Brasil, como os doutores Cândido Fontoura e o próprio Rodolfo Albino, ex-presidente da A.B.F (Associação Brasileira de Farmacêuticos), passaram a comparecer freqüentemente às festas do dia 20, que, aos poucos, foi tornando-se tradição em todo o país. O fato é que o consenso da classe farmacêutica no Brasil, representada por seus órgãos de classe como Conselhos e Associações, mantiveram a tradição do dia 20 de janeiro. Por isso, apesar da data oficial ser 5 de agosto, o Dia do Farmacêutico é comemorado em 20 de janeiro. Fonte: Guia dos Curiosos (autor: Marcelo Duarte / Editora Original)